segunda-feira, janeiro 05, 2015

Resenha: A Menina que Roubava Livros

Olá, meus amores!
Feliz Ano Novo, primeira resenha do ano de 2015!
Até que enfim vou fazer resenha desse livro, jurava que já tinha resenhado. Ganhei meu exemplar na escola (Governo do Estado de São Paulo - Muito Obrigada), e simplesmente me apaixonei pela história, o que me chamou mais atenção foi a capa desse livro.



Ficha técnica

Título: A menina que roubava livros 
Título Original: "The Book Thief"
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Categoria: Ficção
Ano: 2007
Páginas: 382
ISBN: 
9788598078373
Nota: ★★★ 

Sinopse

A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.

A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.

Sobre o autor

Mais novo de quatro filhos de um austríaco e uma alemã, Markus cresceu ouvindo histórias a respeito da Alemanha Nazista, sobre o bombardeio de Munique e sobre judeus marchando pela pequena cidade alemã de sua mãe. Ele sempre soube que essa era uma história que ele queria contar.
"Nós temos essas imagens das marchas em fila de garotos e dos 'Heil Hitlers' e essa ideia de que todos na Alemanha estavam nisso juntos. Mas ainda haviam crianças rebeldes e pessoas que não seguiam as regras e pessoas que esconderam judeus e outras pessoas em suas casas. Então eis outro lado da Alemanha Nazista", disse Zusak numa entrevista com o The Sydney Morning Herald.
Aos 30 anos, Zusak já se firmou como um dos mais inovadores e poéticos romancistas dos dias de hoje. Com a publicação de "A Menina que Roubava Livros", ele foi batizado como um "fenômeno literário" por críticos australianos e norte-americanos. Zusak é o autor vencedor do prêmio de quatro livros para jovens: "The Underdog", "Fighting Ruben Wolfe", "Getting the Girl", e "Eu Sou o Mensageiro", receptor de um Printz Honor em 2006 por excelência em literatura jovem. Markus Zusak vive em Sydney com sua esposa e sua filha. Gosta de surfar e assistir filmes em seu tempo livre.

Resenha

A primeira vez que vi esse livro e li a contra capa e vi a frase "Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler" o desejei com todas as minhas forças, não havia ainda lido nada do estilo, li algumas resenhas e só aumentou a minha vontade de lê-lo logo e como amava a matéria de história na escola e falava do "tio Hitler", ou melhor, da época dele, achei mais interessante ainda. E claro que como é uma ficção que se passa na Alemanha, ainda temos a oportunidade de aprender algumas palavras nessa língua estrangeira.

Se você, como algumas pessoas não sabia que era a Morte que narrava a história, logo no começo já dá para perceber isso, e não é spoiler. A Morte começa falando de fatos e dos seres humanos de uma forma bem irônica, e com algumas frases de efeito, que me fizeram pensar em algumas fases da minha vida e que possivelmente eu já devo ter me livrado da morte algumas vezes. Então eu e você meu amor, somos sobreviventes.

Como dito na sinopse, a nossa narradora conta alguns anos da história de Liesel uma garota que também virou uma sobrevivente da guerra contra os judeus, em uma Alemanha comandada por um temível homem, que não tinha pena de crianças ou adultos, uma menina que foi separada de sua mãe aos nove anos e também perdeu seu irmão mais novo, vendo assim ele ser levado pela Morte, uma garota que viu a morte de frente por diversas vezes.

* UMA PEQUENA TEORIA *
As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, 
mas para mim está muito claro que o dia se funde através de 
uma multidão de matizes e graduações, a cada momento que passa.
Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.
Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. 
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.
(Pág. 9)

O que mais me chamou atenção foi ver o quanto a Liesel era adulta e criança ao mesmo tempo, a ladra de livros que inicialmente não sabia ler, que é forçada a viver com pessoas que ela não conhece e chamar uma estranha de mãe e um estranho de pai. Markus conseguiu retratar uma infância, vista pela Morte de maneira arrebatadora, e que além disso, você aprende alguns pontos fortes e tem que leva-los para toda a sua vida, o peso que as palavras "SINTO MUITO" carregam, quão valiosa é a amizade e o quanto o ser humano é cruel e poético.

Confesso que a leitura é um pouco cansativa, mas não tem como abandonar esse livro, quando se sabe que o no final toda a dificuldade de leitura vai valer a pena, ver como a Morte olha para os seres humanos e saber o quão dócil ela é, o quanto ela segura a nossas almas. 

Voltando para a vida de Liesel, ela vai aprendendo a ler aos poucos com o seu pai lhe ensinando, e na escola ela sofre muito por conta disso, Liesel rouba seus livros de ligares inesperados, tanto que ela faz alguns trabalhos para a sua "mãe" e acaba por ler na biblioteca do prefeito. Um pouco que marca muito a história é ela esconder um judeu em sua casa, quando todos sabem que isso é um crime que pode levar a morte caso seja descoberto. Liesel tem um amigo muito próximo e com ele que vive as maiores de suas "aventuras". 

São imensuráveis as sensações que tive ao ler esse livro, unicas, e que como disse anteriormente, me fizeram parar e pensar, é um livro que super recomendo a todos, e que levarei para a vida, e possivelmente eu mandarei meus filhos lerem, pois existe uma grande aprendizado em torno dele. Resumindo, vale muito a pena ler e chorar com esse livro. 

Trailer do filme


Sobre a edição do livro, como eu disse ganhei do Governo, mas é com espaçamento bom, folhas amarelas e é a capa original. Amei também as ilustrações. Sobre o filme, é maravilhoso e retrata muito bem o livro.
Espero que tenham gostado da resenha e digam ai nos cometários o que vocês acharam e quem ainda não leu, eu super recomendo o livro (óbvio).

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